quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cama de Gato no Improviso, sábado, 27/06




Essa aí acima é a primeira formação a banda Cama de Gato. É, talvez, o grupo mais antigo em atividade no Jazz Brasileiro. Vem de meados dos anos 80.

Aqui temos Rique Pantoja, nos teclados; Arthur Maia, no baixo; Mauro Senise, nos saxes e flautas; e Pachoal Meirelles, na bateria.

O tema que apresentam é a composição de Arthur Maia "Por que não fui a Berklee !?", do disco Guerra Fria, de 1988.

Eu me surpreendi de ter encontrado, por puro acaso, essas imagens no You Tube. Nunca havia um vídeo do Cama de Gato da primeira formação. Não há indicações sobre a apresentação. Parece ser algum programa da TV Educativa do Rio de Janeiro.

Foi quando me dei conta de que fazia tempo que o Improviso não tocava o Cama. Por isso resolvi recuperar um programa antigo que tem uma excelente amostra do trabalho desse grupo.

Nas imagens abaixo temos a formação mais recente do Cama de Gato, em que Jota Moraes substitui Pantoja nos teclados e André Neiva entra no lugar de Arthur Maia. Mauro Senise e Paschoal Meirelles seguem nos sopros e na bateria. Mingo Araújo é o reforço na percussão.

O tema que ouvimos é Gonzaguendo, de Jota Moraes, que abre o disco de 1993, Dança da Lua. Também não há maiores detalhes sobre o vídeo, mas foi postado no You Tube pelo baixista André Neiva.

Nenhuma das duas peças vão estar no programa, que centrará uma parte no trabalho solo de Mauro Senise. Por isso, aproveitem os vídeos. Mas logo faremos outros programas com o Cama de Gato em que essas peças serão incluídas.


domingo, 14 de junho de 2009

Helio Alves, Duduka da Fonseca e Nilson Matta - The Brazilian Trio


O Improviso traz neste sábado (20.06.09) o novo trio formado por músicos brasileiros que vivem nos Estados Unidos.

Os ouvintes do programa já conhecem todos eles. Duduka de Fonseca e Nilson Matta formam, junto com Romero Lubambo, o Trio da Paz.

Hélio Alves já passou pelo Improviso com outros projetos de trio.

O disco que eles gravaram juntos se chama Forests, editado em julho de 2008, pelo selo Zoho, de New Jersey. No próximo post, mas detalhes do álbum e do programa.

Por enquanto fiquem com uma apresentação de Toninho Horta, com direito a um ótimo solo do piano de Hélio Alves. A performance aconteceu no já finado Clube de Jazz Cachaça, em New York, uma casa que era um importante espaço do jazz brasileiro nos Estados Unidos.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

À vontade mesmo - Raul de Souza e Claudio Roditi no Improviso, sábado 13.06

O tema de Raul de Souza, À vontade mesmo, abre o Improviso deste sábado (13.06.09), na versão apresentada por Claudio Roditi em seu disco mais recente, Brazilliance X4. O cd foi editado em Los Angeles, pelo selo Resonance Records, em 2008. E traz um repertório com temas clássicos que marcaram o início da Bossa Nova.

E o próprio Raul de Souza também é destaque com seu álbum Jazzmim, editado pela Biscoito Fino em 2006, mas que continua sendo trabalho mais novo. Aqui embaixo um vídeo com um ótimo papo e boa música. Raul de Souza foi quem apresentou o jazz a Airto Moreira, que conta como foi.




Raul de Souza esteve em Brasília, em março passado, fazendo o lançamento do disco Jazzmim em um show no Clube do Choro. Lá ele tocou com acompanhado por um time de craques da cidade: Renato Vasconcelos, nos teclados; Osvaldo Amorim, no baixo; e Leander Mota, na bateria.

No Improviso, Raul de Souza inicia tocando Tema para Raul, escrita por Mario Conde, que é o guitarrista do grupo grupo que acompanha o trombonista no disco, a banda Na Tocaia.


Nesta peça, Raul de Souza não toca o trombone de vara, que vemos na foto, mas seu famoso Souzabone. É o instrumento que ele inventou, uma variação do trombone, com quatro válvulas, ao invés das três tradicionais.

Depois ouviremos sua leitura do tema Luiza, de Tom Jobim. Na abertura dessa peça, podemos ouvir a voz de Raul de Souza, não cantando, mas recitando. Ele faz a introdução com o poema Grafia Nua, de Silvana Leal.


Raul de Souza fecha o bloco com o tema que ele escreveu em homenagem a pequena vila de St. Remy, que fica na Provença francesa, uma região de rara beleza.

Depois de ter morado nos Estados Unidos por quase 20 anos, Raul de Souza estabeleceu sua residência em Paris. Sua vida está divida entre a França e o Brasil, com temporadas por aqui e por lá, além de excursões por todo o mundo. Por isso, foi um grande privilégio podermos escutar Raul de Souza, ao vivo, aqui, em "casa".

Flavio de Mattos e Raul de Souza


O Improviso segue com Claudio Roditi, que é o melhor trompetista brasileiro quase desconhecido no Brasil. Ele deve ter uns 20 discos editados pelo Mundo, e nenhum aqui. Contudo, para os ouvintes de Improviso ele é tão famoso, como merece.



Aí acima temos Claudio Roditi tocando uma peça de sua autoria, que é como seu cartão de visitas: Gemini Man. Nascido em maio de 1947, Roditi é Geminiano. Com ele estão está o grupo que o acompanha no cd Brazilliance X4: Hélio Alves, no piano; Leonardo Cioglia, no baixo; e Duduka da Fonseca, na bateria. Essa é a peça que fecha o Improviso.

Antes ouviremos Quem diz que sabe, de João Donato e Paulo Sérgio Valle; e Rapaz de bem, de Johnny Alf. Dois temas de quando o movimento que se desenvolvia na música popular brasileira começava a ser chamado de Bossa Nova.

Depois ele toca Pro Zeca, famoso tema escrito por seu amigo Victor Assis Brasil, músico fabuloso que morreu muito jovem. Claudio Roditi viajou para os Estados Unidos, nos anos 70. junto com Victor Assil Brasil. Eles foram estudar no Berklee College, de Boston, a mais prestigiosa escola superior de música, dedicada, especialmente, a formar músicos de jazz. Roditi ficou por lá, e até hoje mora nos Estados Unidos.

Improviso vai ar na Senado FM, 91.7, em Brasília, no sábado, às 18h30, com reapresentação na sexta-feira (19.06.09), às 23h00.

Na Internet, no endereço: senado.gov.br/radio

sábado, 6 de junho de 2009

Bossa Três e o Acordeom de Jo Basile

Gravado nos Estados Unidos em 1963, o álbum Bossa Três e Jo Basile é o destaque deste sábado (06.06.09) no seu Improviso.

Jo Basile era quase um popstar na França, onde o acordeom era o principal instrumento na música típica que animava os bailes de rua, ao estilo Montmarte. Em excursão pelos Estados Unidos, Basile foi contratado pela gravado Audio Fidelite para gravar um disco intrumental de música francesa. A este, seguiram-se outros de música italiana, outro de mexicana, russa, todos de grande êxito.


Enquanto isso, o Bossa Três, com Luis Carlos Vinhas, no piano; Sebastião Neto, no baixo; e Edison Machado, na bateria, se apresentavam nos diversos clubes de jazz de Nova Iorque, em busca de um lugar ao sol na terra do jazz. Basile viu o grupo tocando e convidou os rapazes para gravar um disco com os temas que tocavam ali, o repertório básico do início da bossa nova.

O cd Bossa Três e Jo Basile não está editado no Brasil. O exemplar que ouviremos foi editado em Barcelona, Espanha, pelo selo Ubatuqui. Essa pequena gravadora barcelonesa tem publicado raridades da música brasileira que não estão disponíveis em nenhuma outra parte. E o Improviso divide com seus ouvintes essas pérolas raras e exclusivas de seu acervo.

Improviso vai ao ar, em Brasília, pela Senado FM, 91.7 no dial, sábado, às seis da tarde, com reapresentação na sexta-feira (12.06), às onze da noite.